REDE ARGENTINA, 18 set – O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina durante o segundo trimestre do ano caiu 1,7% em comparação com o mesmo período de 2023, e acumulou uma queda de 3,4% no ano, informou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).

Além disso, o PIB de abril-junho foi 1,7% inferior ao de janeiro-março e acumulou cinco quedas trimestrais consecutivas. A atividade industrial sofreu um colapso de 17,4%

Por sua vez, o ex-ministro da Economia Alfonso Prat Gay advertiu que, durante o primeiro semestre do ano, “o consumo privado caiu quase quatro vezes mais rápido do que o consumo público” e questionou: “Você era a casta?

Dessa forma, o ex-ministro da Economia do ex-presidente Mauricio Macri ironizou as declarações feitas durante a campanha eleitoral pelo presidente Javier Milei de que seria “a casta” que pagaria pelo ajuste da economia.

O governo estimou, no projeto de lei orçamentária que enviou ao Congresso, que o PIB cairá 3,8% este ano, mas terá uma “recuperação” de 5% em 2025 e outro aumento de 5% em 2026.

Entretanto, diante desses e de outros números, Ricardo López Murphy, deputado nacional da Hacemos Coalición Federal (oposição), considerou que o projeto de Lei Orçamentária “foi construído há meses e é por isso que há variáveis ostensivamente erradas”.

“Ninguém vê uma inflação de 104% este ano. Teremos que fazer correções e depois veremos o Orçamento área por área e tentaremos entender os espaços para melhorar o produto enviado pelo Poder Executivo”, disse López Murphy, ex-ministro da Economia durante um período  do governo de Fernando De la Rua (1999-2001)  em declarações à Rádio CNN.

O relatório do Indec observou que, do lado da demanda, apenas as exportações tiveram um aumento trimestral, em termos sazonalmente ajustados, de 3,9%. O consumo privado caiu 4,1%, o consumo público 1,1% e a formação bruta de capital fixo 9,1%.

Entre os componentes da demanda, a maior queda foi observada na Formação Bruta de Capital Fixo, com -29,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Do lado dos setores de atividade, destacam-se as quedas na Construção (-22,2% a.a.), na Indústria (-17,4% a.a.) e nas Atividades de comércio atacadista, varejista e de reparação (-15,7% a.a.). O setor de Agricultura, pecuária, caça e silvicultura cresceu (81,2% em relação ao ano anterior).

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