REDE ARGENTINA, 24 de jun – O desemprego aumentou no primeiro trimestre do ano, o período completo do governo do presidente Javier Milei, para 7,7% , em comparação com 6,9% em janeiro-março do ano passado, informou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).
Esse número também foi maior do que os 5,3% registrados no final do ano passado. Milei assumiu o cargo em 10 de dezembro.
Além disso, a taxa de subemprego, entendida como pessoas que trabalham até 35 horas por semana, mas gostariam de trabalhar mais, aumentou para 7% no primeiro trimestre do ano, em comparação com 6,3% em janeiro-março de 2023.
Esse aumento no desemprego ocorreu juntamente com uma queda na atividade econômica.
De acordo com o Indec, a produção no primeiro trimestre do ano acumulou uma queda de 5,3% em comparação com o mesmo período de 2023.
Além disso, a produção de bens e serviços em março ficou 8,4% abaixo do mesmo mês do ano passado, segundo o órgão. Para este ano, o governo estimou que o PIB cairá 3,5%.
Nesse contexto, o Observatório da Dívida Social da Universidade Católica da Argentina (UCA) estimou que a taxa de pobreza subiu para 55,5% da população no primeiro trimestre de 2024 e a indigência foi de 17,5%.
O INDEC mostrou no quarto trimestre de 2023 que a taxa de pobreza aumentou para 44,8%, enquanto a indigência subiu para 13,8%.
O diretor do Observatório, Agustín Salvia, estimou que, para que a pobreza caísse, «a inflação teria de cair e novos empregos teriam de ser criados com salários que crescessem acima do IPC (inflação), assim como os programas sociais».
Assim, até o final do ano, «a projeção da pobreza estaria próxima de 38%/40% e a indigência em 12%, desde que seja gerado um contexto de inflação baixa e reativação econômica», disse Salvia em declarações à imprensa.