REDE ARGENTINA, 24 jun – O presidente da Argentina, Javier Milei, disse hoje que ele e seu principal assessor, Demian Reidel, poderiam ganhar o Prêmio Nobel de Economia por suas contribuições à área.
«Com meu principal assessor, Demian Reidel, estamos reescrevendo uma grande parte da teoria econômica», disse Milei em uma coletiva de imprensa em Praga, República Tcheca, como parte de sua turnê europeia.
«Se tudo der certo, talvez eu receba o (prêmio) Nobel junto com Demian,», disse o presidente argentino.
O ex-embaixador de Milei no Brasil e atual secretário de turismo, Daniel Scioli, tinha dito que se a crise argentina fosse resolvida por esse governo, o presidente libertário deveria receber um prêmio Nobel de economia.
Milei argumentou que «de mãos dadas com as ideias de liberdade e progresso tecnológico, mercados livres, respeito à propriedade privada, respeito à vida», a Argentina poderá «se tornar o caso mais brilhante da história da humanidade» para que os argentinos «voltem a ser ricos».
Milei se candidatou ao Prêmio Nobel sem ser indicado por nenhum especialista, mais dessa forma se juntaria à lista de cinco ganhadores do prêmio Nobel na Argentina.
Eles são:
-Carlos Saavedra Lamas, político, diplomata e jurista argentino, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1936 por seu papel como mediador no fim da guerra entre o Paraguai e a Bolívia.
-Bernardo Houssay recebeu o Prêmio Nobel em 1947 por suas descobertas sobre o papel desempenhado pelos hormônios hipofisários na regulação da quantidade
de açúcar no sangue. Ele foi o primeiro argentino e latino-americano a receber o prêmio de ciências. Nasceu em 1887 e faleceu em 21 de setembro de 1971. Graças a seu trabalho, a fisiologia ganhou impulso na Argentina.
-Luis Federico Leloir recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1970 por sua pesquisa sobre nucleotídeos de açúcar e seu papel na fabricação de carboidratos.
-Adolfo Pérez Esquivel recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1980 por seu compromisso com a defesa dos direitos humanos na América Latina. Ele começou a trabalhar com grupos pacifistas cristãos latino-americanos na década de 1960. Já após o golpe de 1976, ele contribuiu para a formação e o financiamento de vínculos entre organizações de direitos humanos, além de apoiar as famílias das vítimas da ditadura. Em 1975, foi preso pela polícia militar brasileira e, em 1976, foi encarcerado no Equador. Em 1977, foi preso em Buenos Aires e torturado por 14 meses.
-César Milstein, um biólogo argentino nascido na Grã-Bretanha, foi homenageado em 1984 por seu trabalho com anticorpos.