REDE ARGENTINA, 11 fev — O vinho argentino em lata desembarcou no Brasil através do Grupo Millán, que conseguiu impor a marca mendocina Mosquita Muerta Wines no mercado que é o principal parceiro da Argentina, permitindo que os brasileiros tenham acesso à bebida nacional de «Los Hermanos» de forma mais massiva e irrestrita.
«Nossa filosofia é levar o vinho a todos os públicos o mais rápido possível. Somos um produto disruptivo», disse Miguel del Amo, diretor comercial do Grupo Millán no Brasil, em entrevista à Rede Argentina, em São Paulo.
A grande novidade para o mercado brasileiro é que cada vez mais supermercados adotaram neste verão as latas de vinho argentinas, que têm sido procuradas especialmente entre o público jovem e até mesmo durante essas semanas de fevereiro, quando o plano inclui levar bebidas em um cooler para pular no carnaval. Em um primeiro momento, o mercado reagiu positivamente à nova forma de beber vinho de qualidade importado da Argentina sobre tudo nos três estados do Sul – Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina – e em São Paulo.

Os vinhos do rótulo Mosquita Muerta Wines estão disponíveis em latas: Cordero con Piel de Lobo com seus varietais Malbec, Cabernet Sauvignon e Malbec Rose, um vinho de linha premium chamado Del Tanque e os espumantes Mosquita em latas.
Uma das apostas, além das garrafas tradicionais, é oferecer novas opções para o mercado brasileiro. Por exemplo, uma lata para que uma pessoa que mora sozinha ou com um parceiro possa aproveitar toda a bebida durante o expediente.

 

 

«Nosso desembarque no Brasil foi em 2015. Mas a explosão da marca começou em 2019 e vem crescendo de forma constante até hoje. Hoje fazemos parte da maioria das redes de supermercados, temos clientes em todos os estados», disse Del Amo.
O diretor comercial no Brasil do Grupo Millan explicou que, com a pandemia, ficou evidente a necessidade de as pessoas buscarem variedade, qualidade e praticidade em suas casas. «O vinho em lata é uma aposta que surgiu com a pandemia, com o vinho e os espumantes, pensando na população que estava em casa e tinha aumentado o consumo de vinho, e na hora de oferecer opções, pensamos na lata, que são duas taças».
Para Del Amo, a Mosquita Muerta Wines é uma empresa do grupo que nasceu com a mesma ideia disruptiva. «O setor sempre teve uma tendência a elitizar o produto e colocá-lo em um nível de consumo que, de certa forma, distancia as pessoas do produto».

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O compromisso com o Brasil é constante, uma vez que 80% das exportações do Grupo Millán são destinadas aos consumidores brasileiros. «Em termos de relação preço-qualidade, os brasileiros têm uma percepção muito positiva do vinho argentino, que consideram mais caro do que o vinho chileno, por exemplo, que é um pouco mais barato», analisou o especialista, que mora em São Paulo há dois anos.

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