(Rede Argentina) 14 SET — A inflação na Argentina atingiu 12,4% em agosto, o maior nível mensal desde março de 1991, quando registrou 11%, o mês anterior ao governo do presidente Carlos Menem (1989-1999) ter estabelecido, contra a inflação, o sistema de conversibilidade, uma paridade de 1 peso argentino por dólar que vigorou até janeiro de 2002.
O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), órgão oficial, também informou que a inflação acumulada neste ano chegou a 80,2% e a 124,4% nos últimos 12 meses, sob a administração do candidato governista á presidéncia, Sergio Massa, à frente do Ministério da Economia.
A inflação no Brasil ficou em 0,23% em agosto, acima dos 0,12% registrados no mês anterior. O índice também é maior do que o registrado em agosto do ano passado, quando foi observada uma deflação de 0,36%.
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula alta de 3,23% até o momento neste ano. Em 12 meses, o aumento ficou em 4,61%, o que ainda está dentro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano: entre 1,75% e 4,75%.
Na Argentina, o item com o maior aumento no mês foi Alimentos e bebidas não alcoólicas, com 15,6%, como resultado do aumento em
Carne e produtos de carne e Vegetais, pães e cereais, juntamente com tubérculos e leguminosas. Em seguida, veio Saúde (15,3%), principalmente devido aos aumentos em medicamentos e, em terceiro lugar, Equipamentos e manutenção doméstica, com 14,1%.
Para evitar outro aumento dessa magnitude em setembro, o governo ordenou o congelamento dos preços dos combustíveis, das tarifas de trem e ônibus, adiando-os para depois das eleições presidenciais de 22 de outubro, bem como da eletricidade, entre outras medidas.
«Vamos continuar com as medidas para aposentados e trabalhadores. Vamos continuar compensando os danos causados pela inflação de agosto, sabendo que setembro, outubro e novembro reduzirão a inflação de agosto e isso nos permitirá melhorar os níveis de renda dos trabalhadores», disse Massa, candidato presidencial da União pela Pátria (UxP), na semana passada, no canal de notícias C5N.