REDE ARGENTINA 20 SET.- A taxa de desemprego na Argentina caiu no final do segundo trimestre para 6,2%, em comparação com 6,9% no mesmo período do ano passado, apesar do fato de que entre as duas medições o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 4,9%.
Essa informação foi divulgada na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que também informou que o desemprego atingiu 900.000 pessoas nos 31 aglomerados urbanos pesquisados. Mas, além disso, o desemprego foi mais acentuado entre as mulheres, já que a taxa chegou a 6,9%, em comparação com 5,7% para os homens.
A divulgação das informações gerou vários comentários nas redes. Por exemplo, o analista financeiro Chrisitian Buteler apontou que o desemprego «são pessoas que estão procurando trabalho e não encontram, em um país cheio de planos sociais. É um indicador que perde relevância».
Outro ponto de vista foi oferecido pelo economista Gabriel Caamaño, que advertiu que no segundo trimestre de 2023 «o produto médio do trabalho (PIB vs. população empregada) atingiu o nível mais baixo desde o mesmo trimestre de 2004. Não se surpreenda se os salários reais e os salários médios em dólares americanos forem historicamente baixos. As reformas são urgentemente necessárias», disse o economista da empresa de consultoria EcoLedesma por meio da rede social X (antigo Twitter).
Por sua vez, a ministra do Trabalho, Raquel «Kelly» Olmos, disse à Câmara dos Deputados que o objetivo do projeto de lei do emprego é «formalizar o trabalho não registrado e promover a transformação dos beneficiários de programas sociais».
Ao explicar a iniciativa promovida pelo Executivo, Olmos destacou que, desde o fim da pandemia, «tivemos 35 meses de crescimento do emprego no setor privado» e observou que «cerca de 590.000 pessoas tiveram acesso a empregos».
Ele disse que, apesar desse crescimento, a «taxa de emprego não registrado ainda é muito alta, 36,7%».