O governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi recebido pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández (PJ), com quem ratificou os acordos para a construção de um gasoduto que passa pela cidade de Uruguaiana e o desenvolvimento do comércio e dos postos de fronteira, em um encontro do qual também participou o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli.

Leite destacou as «pontes que colocamos como prioridade para desenvolver investimentos para os próximos anos», e considerou que «o Gasoduto é muito importante para nossa indústria e defendemos que o Brasil possa participar ativamente no apoio necessário para viabilizar os novos trechos que podem trazer o gás por Uruguaiana». Durante a reunião, foram analisados diferentes projetos para otimizar a conectividade através de passagens de fronteira, levando em conta que 18 municípios do Rio Grande do Sul fazem fronteira com a Argentina, entre Misiones e Corrientes.

Eles também discutiram o desenvolvimento de vários projetos destinados a fortalecer a integração energética, incluindo a possível construção do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre.

O Estado do Rio Grande do Sul é o principal destino das exportações argentinas para o Brasil. No primeiro semestre do ano, a balança bilateral registrou um superávit de US$ 697 milhões para a Argentina.

Também participaram da reunião o Chefe de Gabinete do Rio Grande do Sul, Artur Lemos; a Ministra Camile Nemitz Filipozzi; o Embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli; o Procurador Geral do Estado, Eduardo Costa; o Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry, e os Deputados Vilmar Zanchin e Frederico Antunes.

Após a reunião, o embaixador Scioli afirmou que «o Rio Grande do Sul é o primeiro destino das exportações argentinas e são muitos os investimentos que temos conseguido em diferentes setores, fruto de um trabalho muito intenso e coordenado», que visa «defender o trabalho argentino, trazer investimentos e encontrar pontos de interesse comum».

O embaixador argentino também destacou que «as perspectivas são extraordinárias devido ao impacto e às expectativas geradas no Brasil pelo gasoduto Néstor Kirchner» e, nesse sentido, explicou que «na segunda etapa da licitação vamos convocar uma reunião das principais empresas binacionais comprometidas com o setor». «Concordamos com o governador Leite que, neste contexto de crise da globalização, é importante fortalecer a autonomia, a soberania e a integração dos países», disse ele.

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