REDE ARGENTINA, 5 set – No primeiro semestre do ano, durante o mandato do presidente Javier Milei (La Libertad Avanza, LLA), o índice de pobreza subiu para 55,5% da população e o índice de indigência para 17,5%, de acordo com estimativas do Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina (ODSA-UCA).
Quando o governo de Alberto Fernández (Partido Justicialista-PJ) chegou ao fim, 10 de dezembro de 2023, o Índice de Pobreza atingiu 41,7% da população, dos quais 11,9% eram indigentes, ou seja, sua renda não era suficiente para comprar a quantidade mínima de alimentos para a subsistência, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec)l.
Entre janeiro e junho deste ano, a inflação atingiu 79,8%, de acordo com o Indec, que divulgará o Índice de Pobreza oficial para esse período na quinta-feira, 26 de setembro.
De acordo com a pesquisa da UCA, 24,9 milhões de residentes em áreas urbanas do país estariam em situação de pobreza por não poderem comprar os bens e serviços que compõem a Cesta Básica Total (CBT) que, em junho, chegou a R$ 873.168, (cerca de US$ 624 na taxa de câmbio livre) para um casal com dois filhos de seis e oito anos, com um aumento de 76,1% no primeiro semestre, de acordo com o Indec.
O mesmo estudo da UCA afirma que 7,8 milhões de pessoas se encontram em estado de extrema pobreza ou indigência, abaixo da linha da Cesta Básica de Alimentos (CBA), que no sexto mês deste ano totalizou $ 393.319 (US$ 280) para o mesmo grupo social, com um aumento de 63,4% no primeiro semestre do ano.
“A situação é estrutural na Argentina. Se não houver aumento da produtividade e do emprego, não podemos pensar em uma redução desses níveis”, disse Agustín Salvia, diretor da OSDA-UCA, em declarações à imprensa.
O relatório advertiu que “a insegurança alimentar total nas áreas urbanas pesquisadas atinge 24,7% das pessoas, 20,8% das famílias e 32,2% das crianças e adolescentes”.