A dívida publica bruta em situação de pagamento normal atingiu US$ 401,303 bilhões em junho, cerca de US$ 25,2 bilhões a mais do que no mesmo mês de 2022, informou hoje o Ministério da Economia.

Deste total, 36% é pagável em moeda local, enquanto os restantes 64% são em moeda estrangeira, principalmente dólares.

Em junho, o governo do presidente Alberto Fernández pagou uma parcela de US$ 2,7 bilhões de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional, utilizando US$ 1,7 bilhão dos Direitos Especiais de Giro (a unidade de conta do FMI) e outros US$ 1 bilhão de um «swap» que possui com a China.

Diante dessa situação, o diretor de Análise Macroeconômica da consultoria Equilibra, Lorenzo Sigaut Gravina, considerou «insustentável» se endividar em yuanes para pagar ao FMI e importações.

Sigaut Gravina explicou que os yuanes que a Argentina tem do swap com a China «são usados para pagar (a dívida) ao Fundo Monetário Internacional e para pagar importações».

No entanto, esse crédito «está sendo consumido a um ritmo vertiginoso, e isso não é nada menos do que se endividar com a China. Se continuar pagando importações ou intervenções no mercado cambial com yuanes, isso levará a uma situação insustentável», disse Sigaut Gravina à Rádio Milenium.

«Seja quem for o presidente eleito (nas eleições presidenciais de outubro), ele encontrará um Banco Central sem reservas líquidas, e é preciso ver em que ponto as reservas líquidas ficarão, que são a última linha de defesa», advertiu o economista.

A notícia foi conhecida no momento em que uma missão do Ministério da Economia se encontra em Washington negociando como a Argentina pagará os US$ 44 bilhões que deve ao FMI.

 

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