REDE ARGENTINA, 1 ago — O presidente Javier Milei agradeceu ao Brasil por assumir a embaixada argentina na Venezuela, após a decisão de Nicolás Maduro de pedir a expulsão dos diplomatas argentinos em Caracas devido a que Buenos Aires não reconeceu o resultado eleitoral do passado domingo.

«Hoje a equipe diplomática argentina teve que deixar a Venezuela como represália do ditador Maduro por nossa condenação da fraude perpetrada no último domingo. Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos nossa embaixada em uma Venezuela livre e democrática», disse o presidente em um post em sua conta no X.

Nesse contexto, o chefe de Estado enfatizou: «Hoje a equipe diplomática argentina teve que deixar a Venezuela como represália do ditador Maduro pela condenação que fizemos da fraude perpetrada no último domingo. Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos nossa baixada em uma Venezuela livre e democrática».

Bandeira do Brasil na embaixada da Argentina na Venezuela

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou fotos do hasteamento da bandeira brasileira na embaixada argentina.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está agindo como uma espécie de facilitador na esteira da crise causada pelas eleições de domingo, nas quais Maduro foi proclamado presidente, mas sem que o Conselho Nacional Eleitoral mostrasse os resultados das eleições.

Milei teve que reconhecer o Brasil como garantidor dos interesses da Argentina na Venezuela, apesar de ter lançado ataques desde o ano passado contra Lula, a quem descreveu como «comunista e ladrão», além de ter viajado a Balneário Camboriú em maio passado para se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na quarta-feira (31), o Ministério das Relações Exteriores atendeu a um pedido do governo da Argentina para defender os interesses diplomáticos do país na Venezuela após o governo de  Maduro expulsar diplomatas argentinos do país.

Com o gesto, o Brasil assumiu a «custódia» da Embaixada da Argentina na Venezuela e também de funções diplomáticas de Buenos Aires em Caracas,

Milei se recusou a se desculpar pelos ataques, como Lula havia solicitado, a fim de abrir um diálogo entre os dois presidentes. Lula disse que o mais importante é a relação entre os estados.

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