REDE ARGENTINA,  9 may – A produção de trigo da Argentina alcançará 18,1 milhões de toneladas na temporada 2024/25, três milhões a mais do que na anterior, incentivada pela menor produção desse cereal no sul do Brasil e pelo aumento da rentabilidade.

Foi o que apontaram os especialistas que se reuniram na quinta-feira na Bolsa de Cereais de Buenos Aires durante o Congresso “A Todo Trigo”.

O início da campanha  “está ocorrendo em um panorama de incerteza, embora marcado por mudanças positivas recentes. Com o clima também favorável para a semeadura, espera-se que a área de trigo atinja 6,2 milhões de hectares, em comparação com 5,9 milhões de hectares na temporada passada, com uma produção estimada de 18,1 milhões de toneladas”, disse o relatório.

Marta Nahmias, analista da Agrícola Ascensión, explicou à Rede Argentina que “as inundações no sul do Brasil, juntamente com a queda nas tarifas de importação de herbicidas e fertilizantes, ajudaram a aumentar a área cultivada, e espera-se melhores rendimentos”.

Por sua vez, o economista-chefe do BCBA, Ramiro Costa, advertiu que a recuperação dos preços foi observada nos últimos meses, atingindo valores máximos em comparação com o último semestre, devido ao clima adverso no hemisfério norte.

Costa concordou com Nahmias que o aumento dos preços dos grãos e a redução dos custos de herbicidas e ureia “são os principais fatores que contribuíram para melhorar a lucratividade projetada para os produtores”.

O Brasil importa entre 7 e 8 milhões de toneladas de trigo por ano, 70% das quais são compradas da Argentina.

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