REDE ARGENTINA, 2 mai – Com uma colheita afetada pela praga chicarita e por chuvas intempestivas, o milho, um dos principais produtos de exportação da Argentina, deverá atingir uma produção de 46,5 milhões de toneladas, três milhões a menos do que o previsto em meados de abril e abaixo dos 55 milhões estimados em fevereiro, no início da colheita.
Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), 40% das lavouras estão em situação regular.
Além disso, a BCBA estimou que a produção de girassol caiu 21,7% nesta temporada, para 3,6 milhões de toneladas, em comparação com 4,6 milhões na temporada passada.
Na quarta-feira, a Câmara da Indústria do Óleo da República Argentina (CIARA) e o Centro de Exportadores de Cereais (CEC) informaram conjuntamente que as exportações agrícolas alcançaram US$ 1.910 milhões em abril, uma cifra que, embora tenha representado um aumento de 27% em relação a março, também representou uma queda de 21,5% em relação ao quarto mês de 2023.
A entrada de moeda estrangeira durante abril refletiu «o regime de dólar de exportação» em vigor desde que Javier Milei assumiu a presidência em dezembro de 2023, com 80% para o dólar oficial e 20% por meio do financeiro, ao qual se somam «os magros preços internacionais e o impacto do clima (adverso pelas chuvas) no ritmo de colheita de milho e soja», disseram Ciara e CEC.