REDE ARGENTINA, 20 abr — A Confederação Argentina de Médias Empresas (CAME) inaugurou um Centro Permanente de Exposição de Produtos na cidade de Curitiba (PR), onde as PMEs argentinas terão uma sala de exposição, coworking e reuniões para fortalecer o intercâmbio comercial.
Na Argentina, há cerca de 5.200 pequenas e médias empresas com capacidade de exportação, mas elas representam apenas 15% do valor do que é comercializado no exterior, informou a CAME em nota.
A decisão de se instalar em Curitiba se deve ao fato de que «é um estado muito produtivo, próximo (da Argentina) e com costumes muito semelhantes aos nossos», disse o presidente da CAME, Alfredo González.
Por sua vez, o secretário de Pequenas e Médias Empresas da Argentina, Marcos Ayerra, enfatizou: «Temos que nos unir. A nação, as províncias e os municípios estão em um momento muito especial. Precisamos ser articuladores para fazer as coisas acontecerem. Temos que tirar o pé do ombro do setor privado e os empresários têm que se concentrar em produzir mais e melhor».
Com a incursão da CAME em Curitiba, as PMEs exportadoras terão um armazém para mercadorias argentinas, que poderão ser vendidas em reais e distribuídas em todo o Brasil.
O vice-governador do Paraná, Darci Piana, enfatizou: «Somos um dos principais produtores de alimentos do Brasil. Mas também temos um setor muito diversificado, com grandes fábricas de automóveis e caminhões. O mais natural para nós é estreitar o relacionamento com a Argentina, com quem temos uma grande fronteira. Vamos ampliar o intercâmbio comercial.
Como resultado do relacionamento estratégico entre a CAME, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) e a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), 90 PMEs da Argentina participaram na semana passada da Expo Apras ’24, a 41ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, com o maior estande de toda a feira.
«O brasileiro reconhece e destaca o diferencial do produto argentino. Devido ao crescimento de seu mercado interno e ao aumento dos custos logísticos, hoje eles estão buscando comercializar com seus vizinhos. Escolhemos o estado do Paraná porque o que funciona aqui funciona no resto do Brasil. Trata-se de uma economia com alto poder aquisitivo», explicou o secretário geral da CAME, Ricardo Diab.