REDE ARGENTINA , 26 mar – A queda da atividade econômica em janeiro, primeiro mês do governo ultra-liberal de Javier Milei, foi de 4,3%, informou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).
O Indice Mensal de Atividade Econômica (EMAE) – um registro que reúne vários dos componentes do PIB – também caiu 1,2% em relação a dezembro. Milei assumiu o cargo em 10 de dezembro e, naquele mês, o declínio interanual da economia foi de 4,5%.
A atividade agrícola, após um ano de seca em 2023, apresentou um aumento anual de 11,1%, enquanto a mineração ligada ao lítio e ao gãs e óleo de Vaca Muerta, aumentaram 5,2%.
Esses aumentos atenuaram, em termos estatísticos, as quedas de 11,3% na indústria, 16,9% na construção, 5,9% na distribuição de água, eletricidade e gás, ou o excedente, ou 8,2% no comércio.
Economistas como Danta Sica, ex-ministrp do desenvolvimento produtivo do ex-presidente Mauricio Macri, estimaram que a economia cairá «pelo menos» 4% este ano, depois de ter caído 1,6% em 2023.
No entanto, essa queda chegaria a 7% «se não for levado em conta o efeito sazonal» do setor agrícola, que apresenta um aumento significativo após a queda causada pela seca em 2023.
Além dos cálculos, do setor empresarial, o presidente da Pan American Energy (PAEG), Alejandro Bulgheroni, alertou hoje sobre a necessidade de apoio político e construção de consenso legislativo. «Se as leis que ajudam essas mudanças não puderem ser aprovadas, não haverá uma boa situação (econômica e social) no futuro», disse ele.
«Acreditamos que as condições mudam se forem geradas regras claras e se os investidores estiverem convencidos de que as regras permanecerão no tempo», disse Bulgheroni, pedindo acordos políticos e leis, durante sua apresentação no Fórum IEFA Latam, realizado em um hotel no centro de Buenos Aires.