O comércio bilateral em junho com o Brasil, o maior parceiro do Mercosul, resultou em um saldo negativo de US$ 1,042 bilhão para a Argentina, informou hoje a Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC), com base em dados fornecidos pelo governo brasileiro. As vendas argentinas para o Brasil caíram em junho, pelo terceiro mês consecutivo, 31% em relação a junho de 2022, totalizando US$ 927 milhões, enquanto as importações desse destino foram de US$ 1,969 bilhão, apresentando um aumento anual de 25%.

Dessa forma, o comércio bilateral totalizou US$ 2,896 bilhões, semelhante ao do ano passado, mas com um déficit de US$ 1,042 bilhão para a Argentina. O comércio entre os dois países acumulou um saldo negativo para a Argentina de US$ 3,580 bilhões nos primeiros seis meses do ano. A CAC destacou que, nesse período, as exportações diminuíram 3,7% em relação a janeiro a junho de 2023, enquanto as importações do Brasil aumentaram 27,1%.

«É importante destacar que o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, uma relação que historicamente tem mostrado déficits devido às importações desse país, que costumam ser estratégicas para nosso tecido produtivo», afirmou a CAC. A queda de 31% nas exportações da Argentina para o Brasil registrada em junho se deveu principalmente à redução de trigo e centeio, seguida por automóveis de passageiros e para transporte de mercadorias, enquanto o aumento de 25% nas importações se explicou principalmente pela soja, peças e acessórios para veículos automotores e energia elétrica.

Dessa forma, a Argentina ficou em quarto lugar entre os maiores fornecedores do Brasil, atrás da China e Hong Kong e Macau (US$ 4,553 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,947 bilhões) e Alemanha (US$ 1,114 bilhão). Por sua vez, entre os principais compradores do Brasil, a Argentina ficou em terceiro lugar, atrás da China, Hong Kong e Macau, com US$ 9,346 bilhões, e dos Estados Unidos, com US$ 3,149 bilhões.

As informações do Ministério da Fazenda do Brasil indicaram que as exportações desse país para o mundo diminuíram 8,1% em junho em comparação com o mesmo mês de 2022, passando de US$ 32,735 bilhões para US$ 30,094 bilhões. Por sua vez, as importações totais caíram 18,2% em relação ao ano anterior (US$ 23,851 bilhões em 2022 em comparação com US$ 19,502 bilhões este ano). Assim, o resultado comercial do Brasil foi superavitário, pelo décimo sétimo mês consecutivo, em US$ 10,592 bilhões, uma situação semelhante à observada em junho de 2022, quando o saldo havia sido positivo em US$ 8,884 bilhões.

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