REDE ARGENTINA, 23 jan — Como se fosse a seleção nacional de Lionel Scaloni e Lionel Messi, a marca argentina de azeite de oliva Laur conquistou sua terceira medalha consecutiva como o melhor azeite de oliva do mundo em 2023, prêmio com o qual buscará expandir suas exportações para o mercado gourmet brasileiro.
Os tricampeões mundiais de azeite de oliva foram reconhecidos pelo terceiro ano consecutivo como o produtor de azeite de oliva número um no ranking mundial, de acordo com o EVOO World Ranking, uma instituição internacional que classifica azeites de oliva de todo o mundo.
De Maipú, na província de Mendoza, o azeite de oliva Laur se tornou uma referência da produção argentina desde que foi adquirido em 2010 pelo Grupo Millán. A Rede Argentina conversou com o enólogo Carlos Sáez, gerente geral da Laur. A marca de azeite foi fundada em 1889, ano que coincide com a Proclamação da República do Brasil.
«Toda a nossa lista de azeites nos colocou em primeiro lugar. Não há segredos. Basicamente, fazemos as coisas de forma consciente. O azeite exige um processo de seleção da matéria-prima, dos processos, a linha de qualidade é mantida desde o operador até o diretor da empresa. Todos fazemos parte da mesma equipe», disse Sáez, de Maipú, a sede da empresa.
A Laur tem um espaço para visitas e degustação para turistas. Mendoza, terra dos vinhos, outra atividade do Grupo Millán, também se tornou uma região fértil para o azeite de oliva.
«Para ter boas azeitonas e bom azeite, é preciso ter ótimas condições de solo e clima. A oliveira é uma planta muito nobre e precisa de solos áridos.
É uma planta que gosta de sofrer. Há oliveiras que vivem muitos anos sem irrigação, basicamente é o solo que favorece o desenvolvimento da oliveira», disse ele.
Ele compara a oliva argentina com a uva Malbec, que é uma marca do país no mundo. «Fizemos um potencial como aconteceu com a Malbec. Há variedades de azeitonas trazidas pelos imigrantes e nosso emblema é a azeitona arauco, uma variedade que só é encontrada na Argentina. Essa azeitona dá um excelente azeite, com alto teor de polifenonas e antioxidantes, um azeite amargo e picante intenso, tudo de bom. Ela pode ser usada para azeitonas em conserva», explicou o especialista.
Um dos objetivos da empresa é retomar o nível das exportações para o Brasil, que foram reduzidas após a pandemia do coronavírus.
Atualmente, 20% das exportações são destinadas ao Brasil. «Estamos trabalhando para um público que está buscando qualidade», disse. O principal mercado é a região sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O objetivo, segundo ele, é retomar os mercados dos grandes centros urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro.
A Olivícola Laur foi fundada em 1889 e, desde então, tem sido pioneira na produção de azeite de oliva extra virgem. Atualmente, pertence à família Millán (Átomo Supermercados, Bodega Los Toneles) e produz mais de 600 toneladas (cerca de 1 milhão de garrafas de azeite por ano), incluindo suas marcas Clásico Extra Virgen Orgánico, Blend de Terroir Cruz de Piedra Orgánico, Altos Limpios Blend Terroir, Blend Medrano Terroir, Blend Medrano Terroir, Gran Mendoza Premium, Contraviento e Gran Laur.
A empresa ocupa o primeiro lugar no ranking dos 100 melhores produtores de oliva do mundo pelo terceiro ano consecutivo e também é a número 1 na Argentina. Os produtos da Olivícola Laur já são exportados para China, Japão, Alemanha, Canadá, Suíça, Brasil, Panamá, Uruguai, Paraguai, Chile, Costa Rica, Ilha de Guadalupe (Caribe) e Estados Unidos.