REDE ARGENTINA, 21 jan — O filme «A Sociedade da Neve», do diretor espanhol  Juan Antonio Bayona, trouxe de volta a memória da «Tragédia dos Andes», quando um grupo de jogadores de rúgbi uruguaios teve que sobreviver no meio da Cordilheira depois que o avião que os transportava para o Chile caiu, em outubro de 1972.

O que pouca gente sabe é que o local onde estão os destroços do avião pode ser visitado por meio de um intenso trekking de três dias, que só pode ser feito durante o verão, de meados de novembro a fevereiro.

O local exato dos destroços do avião da Força Aérea Uruguaia fica a 3.750 metros de altitude, no chamado Vale das Lágrimas, perto de Las Leñas, no coração da Cordilheira dos Andes, na província de Mendoza. A expedição parte da aldeia de El Sosneado, em Malargüe, e pode ser efectuada a cavalo ou a pé.

O percurso a pé dura três dias e duas noites. Os expedicionários são acompanhados por silleros (cavalos de apoio vazios) e tropeiros que os ajudam a atravessar os rios Atuel, Barroso, Lágrima e Rosado. Também são acompanhados por mulas que transportam as tendas, os colchões, a comida e o resto dos utensílios para acampar em altitude.

Durante o primeiro dia avista-se o Sosneado, uma montanha de 5.169 metros de altura, e depois de 6 horas de caminhada chega-se ao posto El Barroso, onde se monta o acampamento a 2.500 metros, para passar a noite.

O segundo dia é o mais difícil, mas também o mais emocionante. Atravessamos mais riachos e subimos por caminhos estreitos até chegarmos ao Valle de Las Lágrimas, a 3750 metros de altitude e rodeado de eternos glaciares.

É o dia de visitar o Memorial  (foto), em homenagem às vítimas. Um monólito com uma placa com os nomes dos 29 mortos, várias cruzes e objectos comemorativos. Os expedicionários costumam ficar aqui uma ou duas horas e depois descem.

Terceiro dia: a última caminhada de quatro a seis horas, durante a qual os turistas que se arriscam a fazer esta viagem chegam ao posto de Los Arrieros. Lá, uma série de vans os espera para levá-los de volta à cidade de Mendoza.

As diferentes empresas dedicadas a esta expedição exclusiva advertem que é necessário estar treinado para caminhar durante várias horas, embora não seja necessário ter experiência de montanha para o fazer. O custo da expedição a pé é de US 400 dólares e a cavalo,  de US 600.

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