REDE ARGENTINA, 21 out — O consumo médio de carne bovina per capita foi equivalente a 46,8 kilogramos por habitante no ano nos primeiros nove meses de 2024 na Argentina, 12,3% abaixo da média de janeiro a setembro de 2023 (-6,6 kg/hab/ano), de acordo com a Câmara de Indústria e Comércio de Carnes (Ciccra).
Tomando a média móvel dos últimos doze meses, em setembro foi equivalente a 47,5 kg/hab/ano, o que é 11% abaixo da média registrada em setembro do ano passado (-5,8 kg/hab/ano).
Além disso, a queda no consumo ocorre em um contexto em que o aumento dos preços da carne está abaixo da inflação, confirmando o quadro recessivo da económia do país vizinho.
O Índice de Preços ao Consumidor da Grande Buenos Aires do Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) aumentou 3,7%, com uma variação anual de 214,0%.
Enquanto isso, o preço médio dos cortes de carne bovina subiu 3,1% em setembro, registrando um aumento de 152,1% em relação ao mesmo mês de 2023.
Abate
De acordo com o Ciccra, nos primeiros nove meses de 2024, os 364 estabelecimentos em operação abateram 10,225 milhões de cabeças de gado, representando uma queda anual de 7,2% (-7,5% quando corrigido pelo número de dias úteis), disse o jornal argentino Perfil.
Produção e exportações
Em setembro de 2024, a produção de carne bovina foi equivalente a 276 mil toneladas de carne com osso (tn r/c/h). Em termos mensais, apresentou recuperação de 2,9%, corrigindo a série pelo número de dias úteis. E em termos interanuais houve um aumento de 3,4% (+9,0 mil tn r/c/h).
No entanto, no acumulado dos primeiros nove meses de 2024, foram produzidas 2,336 milhões de tn r/c/h de carne bovina, apresentando uma queda de 6,4% em relação a janeiro-setembro de 2023.
Quanto às exportações, a indústria frigorífica teria vendido ao exterior 689,8 mil tn r/c/h de carne bovina nos primeiros nove meses de 2024, ou seja, 7,8% a mais do que em janeiro-setembro do ano passado, devido a um aumento de 50,0 mil tn r/c/h.