REDE ARGENTINA, 11 set — O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de agosto registrou um aumento mensal de 4,2% na Argentina, de acordo com o relatório publicado hoje pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec, oficial).
A inflação anual ficou em 236,7%, enquanto o aumento de preços acumulado nos primeiros oito meses do ano e nos nove meses do governo de Javier Milei ficou em 94,8%.
O resultado de agosto é ligeiramente superior aos 4% registrados em julho e, apesar das expectativas iniciais de desaceleração por parte do governo e de alguns operadores econômicos, os preços continuam a mostrar resistência à queda.
O vice-presidente do Banco Central, Vladimir Werning, havia indicado há alguns dias que se esperava um valor próximo a 3,5% para setembro, ajudado pela redução do imposto PAIS em 10 pontos percentuais.
O resultado de agosto é maior do que o esperado pelos analistas do mercado financeiro
O ministro Luis Caputo reconheceu que a inflação «ainda não está caindo no ritmo esperado», embora tenha ressaltado que esse é o valor mais baixo desde janeiro de 2022, quando a variação mensal foi de 3,9%.
Caputo enfatizou que a política monetária de «emissão zero», juntamente com a redução progressiva do imposto PAIS, permitirá que se avance na estabilização dos preços nos próximos meses.
O relatório do Indec também mostrou aumentos em outros itens importantes, como habitação e serviços, que registraram aumentos nos meses seguintes.
A divisão com o maior aumento no mês foi Habitação, água, eletricidade e outros combustíveis (7,0%), devido a aumentos no aluguel de moradias e despesas relacionadas.