REDE ARGENTINA, 10 ago — A Argentina concedeu as primeiras autorizações para que as empresas petrolíferas comecem a exportar para o Brasil o gás natural extraído da colossal formação não convencional de hidrocarbonetos de Vaca Muerta, informou o governo da província patagônica de Neuquén, onde o campo está localizado.
O governo de Javier Milei autorizou uma subsidiária de um grupo francês a vender até um milhão de metros cúbicos de gás por dia. Também concedeu permissão a uma empresa argentina para vender até 1,5 milhão de metros cúbicos por dia.
O governo de Neuquén disse em um comunicado que há planos de exportar para o Brasil cerca de 34 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural extraído de Vaca Muerta, a segunda maior reserva de gás não convencional do mundo e a quarta maior reserva de petróleo do gênero.
Dentro desse total de exportações projetadas, cerca de 19 milhões de metros cúbicos por dia seriam destinados a São Paulo e seu setor industrial, e outros 15 milhões iriam para o Rio Grande do Sul.
Ao mesmo tempo, está pendente a autorização solicitada por uma empresa argentina de energia integrada para vender 500.000 metros cúbicos por dia de gás natural a uma de suas subsidiárias no Brasil.
Essas remessas serão possíveis graças ao trabalho para reverter a direção do Gasoduto Norte, que estará pronto em breve e que até agora só permitia que a Argentina importasse gás da Bolívia.
Com a inversão concluída, a Argentina poderá enviar gás de Vaca Muerta, cujo epicentro está na província de Neuquén, no sudoeste da Argentina, para a Bolívia e de lá, usando os gasodutos desse país, para o Brasil.
Milei visitou o campo de Vaca Muerta esta semana
Javier Milei visitou a formação de Vaca Muerta, a segunda maior reserva de gás não convencional do mundo e a quarta maior reserva de petróleo do gênero, e se reuniu com representantes de algumas das principais empresas de energia que operam no local.
A visita do presidente ocorreu como parte de uma viagem à província argentina de Neuquén (sudoeste), antes de cruzar a fronteira com o Chile, a primeira vez desde sua chegada à Casa Rosada (sede do governo) em dezembro passado.