REDE ARGENTINA , 6 ago – O ex-presidente Alberto Fernández foi denunciado por sua ex-esposa, a ex-primeira-dama Fabiola Yañez, por violência de gênero, tanto física quanto psicológica, e por isso a justiça o proibiu, entre outras medidas, de deixar a Argentina, informaram fontes judiciales.
Yañez, que vive na Espanha, fez a apresentação através do sistema Zoom perante o juiz federal Julian Ercolini, que está lidando com um caso paralelo sobre uma denuncia de fraude cometida durante a presidência de Fernandez (2019-2023) pela contratação de seguros pelo Estado.
Em resposta à denúncia de Yañez, Ercolini ordenou imediatamente medidas de «restrição e proteção» em favor dela para que os supostos atos aos quais ela aludiu não se repitam.
As medidas, de natureza urgente, foram tomadas para impedir que o ex-presidente se aproximasse dela. O caso teve início com uma denúncia sobre suposta fraude cometida pela intermediação na contratação de seguros por órgãos e empresas estatais.
A partir dos áudios extraídos do celular de María Cantero, ex-secretária particular de Fernández, foram geradas suspeitas sobre supostos maus-tratos do ex-presidente com sua companheira, Fabiola Yanez, com quem teve um filho chamado Francisco em homenagem ao Papa.
Afastado das discussões políticas para lecionar Direito na Universidade de La Rioja, na Espanha, o ex-presidente ainda é o presidente do partido Justicialista (Peronista), embora toda a direção esteja pedindo que ele renuncie há mais de um ano.
Fernández é um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez e nos ultimos tempos criticou duramente ao presidente Javier Milei.
O ex-presidente disse ao canal de notícias Crónica que a acusação contra ele é falsa e que «tudo será resolvido no tribunal».