REDE ARGENTINA, 21 jul — Depois de 261 dias fechada, a Garganta do Diabo, principal atração do lado argentino das Cataratas do Iguaçú, voltou a receber o público, com a grande sacada para a espetacular cachoeira de 80 metros por onde passa boa parte do fluxo mais caudaloso do rio.
Em outubro, a inundação do rio destruiu o acesso a uma das principais atrações do parque. Entre outras coisas, 76 das 99 seções da passarela para a Garganta do Diabo foram levadas pela água.
Milhares de pessoas voltaram ao parque, sobre tudo brasileiros e moradores de Buenos Aires, devido ao início das férias escolares.
“Estamos com 80% de ocupação e esperamos nos próximos dias, perto do fim de semana, chegar a 100% ou estar muito próximos desses números”, disse Ángel Palma, vice-presidente da Associação de Guias, ao jornal argentino La Nación.
Fundado há 90 anos, o Parque Nacional do Iguaçu possui a maior infraestrutura para turistas, com centros de interpretação, um trem ecológico com quatro estações, lanchonetes e restaurantes, espaços para shows, banheiros e as passarelas que se espalham por seus cinco setores: a Garganta do Diabo, Circuito Superior, Circuito Inferior, Sendero Verde e Sendero Macuco.
Na quinta-feira passada, o secretário de Turismo, Daniel Scioli, visitou o parque para fiscalizar a reabertura da Garganta do Diabo e conversou com as autoridades da empresa concessionária sobre possíveis ampliações dessa infraestrutura.
“Foi um trabalho titânico”, destacou Scioli, destacando o trabalho de resgate do leito do rio, reconstrução e em alguns casos refabricação de cerca de 90 trechos de grades de aço e passarelas que são assentadas sobre estacas e formam um percurso de 1.200 metros até o a varanda da Garganta do Diabo, que foram literalmente devastadas pelo rio Iguaçu com a enchente do final de outubro passado.
“Foi a reconstrução mais importante da história do Parque Nacional do Iguaçu”, explicou esta quinta-feira Roberto Enríquez, empresário responsável pela concessionária Iguazú Argentina, desde finais dos anos 90.
Outra tarefa que Scioli prometeu administrar é uma demanda histórica do setor turístico de Iguaçu: agilizar a passagem da fronteira na ponte internacional Tancredo Neves, que em trânsito é a segunda saída e entrada do país, atrás do aeroporto Ministro Pistarini, em Ezeiza.
O governador Hugo Passalacqua pediu a Scioli que trabalhasse nesse pedido com o ministro-coordenador (Chefe da Casa Civil), Guillermo Francos, que também mantém diálogo direto com o governador da província de Misiones.
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