REDE ARGENTINA, 18 jul .- No sexto mês do ano, o estoque da dívida argentina em condições normais de pagamento atingiu US$ 440 bilhões, um valor nominal recorde, e cerca de 88,4% em relação ao PIB, abaixo dos 103,9% em 2020, ou 118% em 2004, de acordo com dados do Ministério da Economia.

Quarenta e dois por cento desses compromissos em situação normal de pagamento são pagáveis em pesos argentinos, enquanto os 58% restantes em moeda estrangeira.

Em comparação com maio, a dívida em situação normal de pagamento aumentou o equivalente a US$ 6,8 bilhões, representando um crescimento mensal de 1,58%.

O aumento foi explicado por um aumento na dívida em moeda estrangeira de US$ 387 milhões e um aumento na dívida denominada em pesos do equivalente a US$ 6,4 bilhões.

A dívida emitida em pesos argentinos, ajustada pela inflação, totalizou US$ 141,7 bilhões, 32% do total, enquanto a dívida comprometida com organizações internacionais de crédito, como o FMI, totalizou US$ 73,7 bilhões, 16,5%.

Se considerarmos o dia 10 de dezembro como a data de início da presidência de Javier Milei e levarmos em conta que a dívida totalizava US$ 386,2 bilhões naquela época, os compromissos com os credores aumentaram em US$ 53,8 bilhões em sete meses.

O ministro da Economia, Luis Caputo (foto), conseguiu “reflutuar” em dezembro o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de cerca de US$ 42 bilhões, que estava praticamente “caído” após a gestão de seu antecessor, o peronista Sergio Massa, à frente do Palácio das Finanças.

Agora, Caputo está buscando um novo acordo com a organização que lhe forneça dinheiro novo para suspender as restrições às operações de câmbio, mas o Fundo lhe disse que a equação é inversa: quando as restrições forem suspensas, os dólares entrarão.

Nesse meio tempo, o governo regulamentou ontem o “Blanqueo de Capitales” e está confiante de que os dólares entrarão no país para melhorar as contas fiscais e externas. Além disso, ele busca atingir “inflação zero” para elevar o Cepo. Ontem ele teve um bom sinal, pois o Índice de Preços por Atacado subiu apenas 2,7% e foi colocado no nível das desvalorizações mensais feitas pelo Banco Central.

A inflação estimada pelo Ministério da Economia para este ano é de 130%, abaixo dos 211% de 2023, e o PIB cairá 3,5%, depois de ter caído 2,2% no ano passado.

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