REDE ARGENTINA, 1 abr — A cidade de Tigre, a apenas 45 minutos de trem ou rodovia do centro de Buenos Aires, oferece aos turistas esportes aquáticos, passeios de barco pelo amplo delta do Rio Paraná e um cassino gigante com mesas de jogos tradicionais e novas máquinas caça-níqueis.
«El Tigre» foi concebido no final do século XIX como o «Delta do Mississippi» da Argentina, com sua rede de ilhas, vegetação tropical exuberante, amplos cursos d’água e pesca abundante.
Mais de 5 milhões de visitantes por ano consolidaram o Tigre como um dos principais destinos turísticos da Argentina. A essa beleza natural soma-se uma ampla oferta gastronômica, tanto na área do Porto de Tigre quanto em diversas pousadas espalhadas por suas múltiplas ilhas, onde é possível passar vários dias com todo o conforto.
A partir daí, navegar por seus rios e riachos, desfrutar da exuberante vegetação, apreciar as construções insulares, algumas delas do início do século XX, aventurar-se na natureza e praticar esportes aquáticos são apenas algumas das atividades que essa geografia particular oferece.
Além do cativante Delta, em Tigre também é possível visitar outros belos lugares, como o Puerto de Frutos, o Paseo Victorica ou a Villa La Ñata, conhecer sua história e cultura em prestigiosos museus e espaços de arte ou percorrendo o circuito do antigo Caminho Real, e desfrutar de inúmeras atrações, como o Parque de la Costa e uma variada oferta gastronômica e hoteleira.
Mas também possui um cassino gigante, no qual jogos tradicionais como roleta, craps e black jack convivem com suas versões modernas e «caça-níqueis». Não faltam shows musicais, restaurantes e outras variedades para «passar o tempo» entre os jogos.
O Tigre faz parte da história da Argentina e da província de Buenos Aires desde os tempos mais remotos. Os povos nativos, a era colonial, as lutas pela independência e a construção da Argentina moderna geraram no distrito um rico legado histórico que chega ao nosso presente e se projeta para o futuro.
Sua população foi nutrida pela contribuição de cada uma das comunidades de imigrantes que se estabeleceram no distrito e deixaram um esplêndido patrimônio cultural e arquitetônico, que se expressa em verdadeiras joias, como o Museu de Arte do Tigre (MAT) e os tradicionais e emblemáticos clubes de remo.
Com a revalorização de suas principais atrações, passeios no ônibus turístico e saídas noturnas pelos rios e riachos, o Tigre criou seu próprio modelo de turismo, baseado na melhoria de sua oferta.
O município foi originalmente chamado As Conchas, nome que estava relacionado a um rio local, (conhecido nos dias de hoje como rio Reconquista), contudo, o nome popular utilizado no século XIX para chamá-lo era “Tigre”.
Há muitas versões acerca da razão pela qual o nome da cidade As Conchas foi trocado por “Tigre”, o atual. Uma das mais conhecidas e de maior credibilidade é aquela que conta que, lá por volta de 1830, durante uma das cheias do rio que marcou sua história, o rio trouxe sobre um tapete denso de aguapé um tigre americano.
Na verdade, o animal não era um tigre senão uma onça-pintada, mas os ribeirinhos não sabiam que aquele visitante não era realmente um tigre. Ante o perigo que isto significava para a população, caçaram o animal (aparentemente o caçador foi Milberg).
A partir desse momento, o lugar foi conhecido mais por esta anedota que por seu verdadeiro nome, então a Câmara Municipal, no ano 1952, renomeou a área como Município de Tigre.