REDE ARGENTINA, 21 fev — O crescimento da economia brasileira permitirá que a indústria argentina coloque parte de sua produção e amenize a queda de 4,1% esperada para o país neste ano, segundo relatórios das consultorias privadas FIEL e Abeceb.
A Fundação Instituto Latino-Americano de Pesquisas Econômicas (FIEL) enfatizou : «Apesar do cenário geral de recessão, não devemos perder de vista o cenário econômico no Brasil, que poderia adicionar tração à atividade industrial local».
O Índice de Produção Industrial (IPI) compilado pela FIEL caiu 6,3% em janeiro em relação ao ano anterior. Quanto a 2023, o Índice de Produção Industrial (IPI) da FIEL registrou uma queda de 1,3% em 2023 em comparação com o ano anterior, interrompendo dois anos de melhoria na recuperação pós-pandemia.
«Assim, a produção industrial em 2023 foi 5% menor do que em 2011, quando o maior nível de atividade foi registrado há mais de uma década», disse a Fundação.
Enquanto isso, a empresa de consultoria Abeceb observou que, em janeiro, a Argentina registrou um leve superávit comercial com o Brasil de US$ 29 milhões, «o segundo valor mensal positivo desde dezembro de 2022», quando no mesmo mês do ano passado havia apresentado um déficit bilateral de US$ 207 milhões.
O enfraquecimento da atividade econômica em um contexto local recessivo «deve resultar em uma queda média de 4,1% no PIB da Argentina no ano, o que manterá as importações do Brasil baixas», observou a Abeceb.
Enquanto isso, as exportações argentinas para o Brasil «serão moderadamente apoiadas por uma economia brasileira que deverá crescer 1,5% em 2024, favorecendo a manutenção temporária de uma balança comercial bilateral que raramente é favorável à Argentina». As principais exportações da Argentina para o Brasil são trigo, caminhões e carros.