REDE ARGENTINA, 11 jan — A taxa de inflação argentina subiu 25,5% em dezembro e 211,4% em 2023, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Desta forma, a inflação durante o governo de Alberto Fernández chegou a 1.145 %, somente debaixo dos 1.349% registados durante a hiperinflação de 1990, de acordo com os dados do próprio organismo, e superou a da presidência de Mauricio Macri, que acumulou 295,7%.

No domingo, o presidente Javier Milei considerou que «se a inflação de dezembro for de 30%, é um ótimo número, (porque) estávamos a chegar aos 45%».

O «30% (que foi o valor estimado por consultores privados) é um número enorme. É um número assustador, claro, mas o nosso objetivo era chegar aos 45%; se chegarmos aos 30 é um feito fenomenal, reduzimos um terço num mês. Se for 30, têm de levar o (Luis) Caputo a passear».

O Presidente Milei tomou posse em 10 de dezembro lidera um forte ajuste fiscal, juntamente com um processo de privatização de empresas públicas e de desregulamentação da economia.

Milei liberalizou imediatamente os preços de vários produtos, permitiu o aumento dos preços dos combustíveis e aumentou a paridade do peso com o dólar em 180%.

Logo que o número foi conhecido, o ex-secretário das Finanças  Miguel Kiguel afirmou que «o impacto inicial do reajustamento dos preços relativos foi menos traumático do que o previsto pelos pessimistas da catástrofe».

«Janeiro será impactado pelo arrasto estatístico e fevereiro deve ter uma desaceleração significativa», disse Kiguel através da rede social X (ex Twitter).

Por outro lado, o economista opositor Sergio Chouza considerou o valor da inflação «calamitoso», e garantiu que «tudo (é) efeito da desvalorização sem plano do presidente Javier Milei».

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