Inflação próxima a 4% ao mês significaram que as microavaliações diárias implicaram uma valorização do peso

REDE ARGENTINA, 5 jan — O governo argentino voltará a emitir US$ 3,2 bilhões em dívida em dólar para pagar o débito com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e credores privados.

O governo de Javier Milei, por meio de um decreto publicado na sexta-feira no Diário Oficial, anunciou que emitirá títulos de até US$ 3,2 bilhões, por um prazo de 10 anos, com pagamento integral no vencimento.

Desde setembro de 2020, quando renegociou sua dívida com credores privados, o governo argentino não emitia dívida em dólares e havia fechado seu acesso aos mercados de crédito internacionais. Isso significa que durante todo o governo Alberto Fernández, entre dezembro de 2019 e o mês passado, ele se financiou no mercado local emitindo títulos que são ajustados pela inflação ou pela variação do dólar, mais uma sobretaxa.

Essa política não fez com que os compromissos caíssem, muito pelo contrário. O governo de Alberto Fernández (2019-2022) encerrou sua gestão com uma dívida recorde de US$ 422,825 bilhões.

Somente os US$ 422,825 bilhões representaram um aumento de 36% em relação ao valor deixado pelo governo Mauricio Macri (2015-2019), de acordo com dados do Ministério da Economia.

Os mesmos números mostraram que a dívida ajustada pela inflação atingiu US$ 84,958 bilhões, quase 20% do total, enquanto as obrigações com o FMI foram menos da metade desse valor,  US$ 41,467 bilhões.

Neste mês, Argentina de pagar quase US$ 4 bilhões, dos quais US$ 2 bilhões ao FMI e outros US$ 1,6 bilhão aos credores privados que aderiram à troca de dívida de 2020.

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