REDE ARGENTINA, 27 out.- Os preços dos imóveis na Cidade de Buenos Aires (CABA) tomados em dólares caíram nos últimos cinco anos, atingindo até mesmo em 2023 seu valor mais baixo desde 2015, de acordo com um relatório privado elaborado pela plataforma de operações imobiliárias Zonaprop.

Até o momento, somente em 2023, os preços acumulam uma queda de 1,6%, marcando uma desaceleração em relação ao mesmo período do ano passado (-2,3%), mas mantendo uma tendência constante de queda.

O relatório aponta que o valor máximo era de US$ 2.800 por metro quadrado, em média, em abril deste ano, mas hoje está abaixo de US$ 2.200. Além disso, há diferenças de mais de 446% entre as propriedades mais caras e as mais baratas do mercado, se a taxa de câmbio oficial for tomada como referência.

Além disso, três modelos de moradia foram considerados para determinar os preços médios de mercado. Um deles é um apartamento estúdio de 40 m2, com valor de USD 94.235; outro é um apartamento de dois quartos de 50 m2 com preço de USD 115.515 e o terceiro é um apartamento de três quartos com área coberta de 70 m, cujo valor atingiu USD 159.258 em abril.

Puerto Madero, Buenos Aires

De acordo com o estudo, se a tendência registrada nos primeiros quatro meses do ano continuar, 2023 será o quinto ano consecutivo com queda nos preços dos imóveis em dólares, sempre falando da área da CABA.

Em 2019, o preço de mercado fechou dezembro com uma queda de 1,8% em relação ao primeiro dia daquele ano. Em 2020 a retração se aprofundou para 7,1% e em 2021 os valores se retraíram mais 7,5%. Em 2022 já havia uma tendência de desaceleração da queda (-6,6%), mas o declínio continuou, como no início deste ano.

Essa situação, no entanto, gerou um aumento considerável na atividade imobiliária: as transações imobiliárias na cidade de Buenos Aires registraram um aumento de 25,1% em setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com um relatório preparado pela Associação de Notários de Buenos Aires.

«Esse mês confirmou um aumento de 25% em relação ao ano anterior e, no acumulado de nove meses, houve um crescimento de 18%, com 27.000 transações. Ainda há um longo caminho a percorrer para reconstruir o mercado, mas apreciamos o fato de termos 17 meses de crescimento anual», disse o presidente da Associação de Notários Públicos de Buenos Aires, Jorge De Bártolo.

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