REDE ARGENTINA, 23 out.- O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, candidato do partido Unión por la Patria (UxP), venceu o primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina com 36,66% dos votos e deve disputar o segundo turno com o candidato de La Libertad Avanza (LLA), o economista da extrema direita Javier Milei, que obteve 29,99%, segundo resultados oficiais de cerca de 98% das urnas.
A eleição do novo governo será definida no segundo turno marcado para 19 de novembro entre Massa e Milei, após a saída dos outros três candidatos à Presidência da disputa: Patricia Bullrich, do Juntos por el Cambio (JxC); Juan Schiaretti, do Hacemos por Nuestro País (HxNP) e Myriam Bregman, da Frente de Izquierda y los Trabajadores (FIT).
No seu discurso no bunker do UxP, Massa apelou mais uma vez a um Governo de unidade nacional com “os melhores de cada força política”, propôs iniciar uma “nova etapa institucional na política argentina” e prometeu não decepcionar os eleitores que lhe deram seu apoio apesar das dificuldades.
Milei, por sua vez, ao falar com seus seguidores depois de conhecer os números, pediu ao eleitorado de JxC que o acompanhasse no segundo turno e pareceu adotar parte do discurso de campanha de Bullrich quando pediu «terminar com o Kirchnerismo» e comparou o partido no poder com uma “organização criminosa”.
Nestas eleições também foi renovada a metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado: UxP, com 104 cadeiras, continuará a partir de dezembro próximo como a primeira minoria na câmara dos deputados com menos cadeiras que as atuais, embora com um maior diferença com o JXC, segundo espaço, com 94. E como terceira força ficou LLA, com 39 assentos.
No Senado, entretanto, o partido no poder recuperará o papel da primeira minoria a partir de dezembro, com um novo mapa político em que o JxC foi o grande perdedor do dia e onde os partidos provinciais e o partido LLA aparecem como actores-chave para alcançar acordos.