Rede Argentina, 4 OUT – Wines of Argentina, organização responsável pela promoção do vinho argentino no mundo, considera o Brasil um de seus mercados foco, por isso duplicou sua presença na feira internacional Prowine 2023, realizada em São Paulo.
A Argentina, com 196 empresas vinícolas, foi uma das estrelas da Prowine 2023, 40 das quais através da Wines of Argentina.
Juan Pablo Sandoni, chefe de relações institucionais da Wines of Argentina, disse em entrevista à Rede Argentina que o mercado brasileiro destaca a qualidade do vinho argentino a ponto de se tornar um dos mais procurados por consumidores, fornecedores e distribuidores.
«A Argentina está oferecendo variedade de norte a sul, o que se traduz em estilos varietais. Para além do Malbec, que é o que talvez nos ligue a uma identificação. A Argentina tem muito bons expoentes de brancos, rosés e espumantes. As vinícolas estão trabalhando com sustentabilidade, boas práticas, qualidade reconhecida e inovação», explicou Sandoni durante a feira Prowine 2023.
O Brasil é o segundo maior mercado de exportação de vinhos da Argentina, com um volume de 38,1 milhões de litros, equivalente a US$ 119,4 bilhões para o período de janeiro a agosto de 2023, na categoria de vinhos misturados.
De acordo com Sandoni, o vinho é uma das locomotivas da imagem da Argentina no mundo, assim como acontece com a carne.
«O vinho é um produto de valor agregado, faz parte da oferta de exportação do país e também faz parte da idiossincrasia do nosso país», disse.
Neste contexto, sublinhou que para o público brasileiro a oferta vai além de Mendoza, o local mais conhecido pelos brasileiros, mas a Argentina apresenta vinhos de 18 províncias produtoras, que vão desde o norte até à Patagónia.
O segredo do vinho argentino é que a qualidade do produto foi aprovada por consumidores, críticos e importadores no Brasil. Por isso, nos principais supermercados do Brasil é possível encontrar uma grande variedade de vinhos argentinos.
É um mercado que cresce a passos largos, já que, segundo as estatísticas, o consumo de vinho mal chega a 10% do que é consumido na Argentina ou no Chile per capita, por exemplo.
Para o chefe de relações institucionais da Wines of Argentina, o vinho também faz parte do conhecimento que os brasileiros têm quando fazem turismo no país vizinho.
«Algumas regiões da Argentina estão recebendo um grande fluxo e contribuem para um movimento de enoturismo. Os brasileiros que viajam para a Argentina e têm a oportunidade de visitar vinícolas, onde são oferecidas atividades até disruptivas e extremamente atrativas para quem visita a vinícola, hospedagem, excursões, é uma oferta muito variada», disse.