(Rede Argentina) – Uma operação da polícia brasileira desarticulou uma organização internacional que operava no Brasil dedicada à difusão de conteúdos audiovisuais ilícitos em streaming, desde jogos de futebol até novelas, séries e filmes oferecidos por canais e plataformas de televisão, informou hoje a Alianza, a associação contra a pirataria de mídia na América Latina.
De acordo com a Alianza Contra la Piratería Audiovisual (Alianza) em um comunicado, a operação foi realizada pela Polícia Civil (investigações) e pelo Ministério Público em cinco estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.
Ações semelhantes na Argentina, neste ano, conseguiram interromper a transmissão «pirata» de jogos oficiais dos campeonatos da Associação de Futebol Argentino.
No Brasil, a operação que demandou oito meses de investigação foi chamada de » A Firma», com 32 buscas e apreensões realizadas em nove cidades dos cinco estados envolvidos, ligadas a oito pessoas e cinco empresas suspeitas de lavagem de dinheiro com criptomoedas.
A justiça, segundo o comunicado, ordenou o bloqueio de todos os ativos financeiros, incluindo criptomoedas, de oito pessoas físicas e cinco empresas criadas para lavagem de dinheiro.
Também ordenou o bloqueio de dezenas de domínios e IPs usados para manter a rede de streaming ilegal que tinha sede na cidade de Araçatuba, interior do estado de São Paulo.
«As associações ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) e ACE (Aliança pela Criatividade e Entretenimento) contribuíram com seus recursos técnicos em um esforço conjunto para enfrentar esse problema», disse o comunicado da Aliança.
A Alianza contra la Piratería de Televisión Paga (ALIANZA) é um grupo de fornecedores de conteúdo, operadoras de TV por assinatura e provedores de tecnologia que trabalham em nível latino-americano contra a chamada pirataria FTA (Free to Air).
A pirataria de FTA envolve o uso de receptores de satélite comumente chamados de «FTA», ou seja, receptores destinados a receber sinais de transmissão gratuita, que são alterados para decodificar ilegalmente e sem autorização os sinais de TV por assinatura.