As autoridades da mídia pública argentina e o diretor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Helio Doyle, assinaram esta semana, em Buenos Aires, um acordo de cooperação que permitirá a articulação de políticas e o intercâmbio de informações e conteúdos entre os dois países.

Representando o Brasil, estiveram presentes o presidente da EBC, Helio Doyle, o assessor de assuntos internacionais da Presidência da EBC, Wellington Almeida, e a Encarregada de Negócios da Embaixada do Brasil na Argentina, Camile Filipozzi.

A cerimônia foi conduzida pelo secretário argentino de Mídia e Comunicação Pública, Juan Ross, e pelo embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, que estavam acompanhados da presidente da Radio Televisión Argentina (RTA), Rosario Lufrano; da gerente geral de Conteúdos Públicos, Jésica Tritten, do presidente da agência estatal argentina de notícias Télam.

A assinatura do documento teve início em 23 de janeiro, quando o presidente argentino Alberto Fernández visitou Lula da Silva em Brasília, onde assinaram um acordo de integração bilateral com 83 objetivos em áreas tão diversas quanto ciência e economia, e que também incluía o intercâmbio de informações.

Doyle destacou que «a comunicação pública da Argentina é um exemplo» e que o «intercâmbio de conteúdos e notícias resultará em um maior conhecimento mútuo» das culturas e manifestações artísticas de ambos os povos.
«Assumimos a gestão da EBC em uma situação muito ruim, ela havia sido vítima de desmonte (promovido pelo governo de Jair Bolsonaro), mas estamos prontos para reconstruí-la, com a colaboração de nossos irmãos argentinos», acrescentou.

Por sua vez, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, disse que a realização da reunião na Casa Rosada «mostra o interesse no mais alto nível» pela iniciativa, em um momento em que se enfrenta «uma nova era na aliança estratégica» e sua revitalização desde o retorno de Lula da Silva à presidência.

«Que toda essa formalidade se traduza em iniciativas que contribuam muito para esse momento do relacionamento. Quando se avaliam as relações bilaterais, a análise se limita ao intercâmbio comercial, e hoje nossa agenda é muito mais ampla», destacou o diplomata.

Ao abordar um dos temas que se tornou o eixo central dos discursos, o diplomata argentino destacou as semelhanças dos processos políticos entre as duas nações.

Nessa visão de desmantelamento que a direita tem», disse ele, «como experimentamos aqui, vimos isso no Brasil. A mídia pública foi desmantelada e agora eles estão em um estágio de reconstrução do que é um serviço no sentido mais profundo da palavra».

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