A tradicional e prestigiosa Guia Michelin, publicada pela editora francesa Michelin Éditions du Voyage, vai colocar em sua próxima edição recomendações sobre a Argentina, o primeiro país de língua espanhola da América Latina a ser incluído na afamada lista.
«Significa um ponto de inflexão para a gastronomia e o turismo do país», destacou o ministro de Turismo e Esportes argentino, Matías Lammens, durante o anúncio realizado na terça-feira 25, em Buenos Aires
A Guia Michelin, uma das mais prestigiosas do mundo em gastronomia, anunciou que em sua primeira incursão no país, seus inspetores examinarão e recomendarão os restaurantes de qualidade da Cidade de Buenos Aires e Mendoza, onde os escolhidos serão conhecidos em 24 de novembro.
O ministro de Turismo e Esportes, Matías Lammens, destacou que «a chegada da Guia Michelin à Argentina é um antes e um depois tanto para nossa gastronomia como para o turismo argentino».
Lammens defendeu o «papel dinâmico e inovador do Estado» para gerar oportunidades «para que o privado venha, acredite, invista, gere trabalho, e a chegada da Guia Michelin é exatamente isso».
«O Estado Nacional investe de forma inteligente, como neste acordo com a Michelin por três anos, até 2025, para que venham, para que se invista nos destinos, para que nossos restaurantes tenham estrelas», enfatizou.
Nesse sentido, ele se referiu a um estudo sobre o impacto positivo da Guia Michelin na cidade de San Francisco, Estados Unidos, «onde automaticamente em um ano foram gerados 4 mil novos empregos» quando alguns restaurantes ganharam a afamada estrela.
Por sua vez, a CEO da Michelin Argentina, Eliana Banchik, agradeceu a presença da embaixadora da França, Claudia Scherer-Effosse, e lembrou que a empresa Michelin «promove a mobilidade sustentável e celebra sua presença na Argentina há 110 anos».
Para participar do lançamento, veio da França a diretora de Comunicações Global da Guia Michelin, Elizabeth Boucher-Anselin, que percorreu um pouco da história da empresa desde sua fundação no início do século XX.
«A Guia Michelin é uma história de homens e mulheres apaixonados, curiosos e abertos ao mundo e à sua diversidade, que trabalham anonimamente para encontrar os lugares que proporcionarão aos amantes da boa comida experiências gastronômicas inesquecíveis», acrescentou.
Boucher-Anselin explicou que os inspetores da empresa «se concentram apenas na qualidade da comida que avaliam conjuntamente, integralmente, de acordo com cinco critérios universais».
«O primeiro desses critérios é a qualidade do produto, dos ingredientes; o segundo é o domínio das técnicas culinárias; o terceiro é a harmonia dos sabores; o quarto – ‘o meu favorito’, confessou Boucher-Anselin – a personalidade do chef; e o quinto e último, a consistência do menu ao longo do ano, de janeiro a dezembro, que deve permanecer boa», assegurou.
Com presença em mais de 40 destinos internacionais, «hoje estou muito orgulhosa e encantada, em nome de todos os inspetores da guia Michelin, de anunciar oficialmente que a cidade de Buenos Aires e Mendoza serão os dois novos destinos que se juntarão à família da guia», sublinhou.
A Guia Michelin foi criada em 1900 pela empresa de pneus Michelin para apoiar o crescimento da mobilidade em automóveis e desde então mantém sua missão de estabelecer-se em destinos gastronômicos consolidados, guiar os viajantes internacionais e amantes da comida local aos melhores restaurantes, destacar as cenas culinárias mundiais e promover a cultura das viagens.