A Fundação Bienal de São Paulo anunciou hoje, sexta feira, a lista completa de 120 participantes da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível, com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, e o projeto espacial e expográfico da mostra, desenvolvido pelo escritório de arquitetura Vão.
A Argentina estará representada na exposição, que vai de 6 de setembro a 10 de dezembro, com obras de Elda Cerrato (1930-2023) e do coletivo audiovisual Archivo de la Memoria Trans.
Elenco completo
O anúncio da lista completa de participantes consolida a intensa pesquisa do coletivo curatorial sobre as urgências do mundo atual e revela os diferentes formatos, movimentos e compreensões do título coreografias do impossível. Com 120 nomes confirmados, a lista completa ecoa as vozes das diásporas e de povos originários, ampliando o diálogo local e internacional.
Segundo os curadores: “Os participantes presentes nesta Bienal desafiam o impossível em suas mais variadas e incalculáveis formas. Vivem em contextos impossíveis, desenvolvem estratégias de contorno, atravessam limites e escapam das impossibilidades do mundo em que vivem. Lidam com a violência total, a impossibilidade da vida em liberdade plena, as desigualdades, e suas expressões artísticas são transformadas pelas próprias impossibilidades do nosso tempo. Esta Bienal abraça o impossível, as coreografias do impossível, como uma política de movimento e movimentos políticos entrelaçados nas expressões artísticas. É um convite a nos movermos por entre artistas que transcendem a ideia de um tempo progressivo, linear e ocidental. A impossibilidade é o fio condutor e o principal critério que guia a seleção desses participantes.”
Para José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, a mostra representa um novo capítulo e legado para a instituição. Ele enfatiza: “A 35ª Bienal de São Paulo é um marco histórico que transcende as fronteiras do impossível. Estamos testemunhando a convergência de artistas excepcionais, ideias transformadoras e um diálogo incisivo sobre as questões urgentes do nosso tempo. Essa exposição se tornará um legado duradouro, inspirando gerações futuras e redefinindo os limites do que é possível na expressão artística.”
Archivo de la Memoria Trans [Trans Memory Archive] Fondo Documental [Fonds] Vanesa Sander, c. 1990